A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu, nesta terça-feira (2), um homem de 39 anos suspeito de extorsão mediante ameaça contra a gerente de um restaurante localizado na QNN 17, em Ceilândia, e identificado como um dos autores de um latrocínio tentado ocorrido no último domingo (30).
No dia do crime, dois indivíduos invadiram o estabelecimento e fizeram reféns um cozinheiro, a gerente e mais duas funcionárias. O cozinheiro foi amarrado, agredido fisicamente e ferido com golpes de arma branca. Os criminosos subtraíram todo o dinheiro do caixa, além de pertences pessoais das vítimas.
Nesta terça-feira, um dos envolvidos procurou a gerente em sua residência com o objetivo de extorqui-la. No momento, apenas a filha menor de idade estava no local e foi ameaçada, sendo obrigada a entrar em contato com a mãe. A vítima passou, então, a receber ameaças diretas, com exigência de pagamento em dinheiro para que o autor pudesse “evadir-se do Distrito Federal”, alegando estar sendo procurado pelo crime.
Ao longo do dia, o criminoso continuou ameaçando a gerente, afirmando que, caso não recebesse a quantia exigida, retornaria à residência ou ao restaurante para “terminar o serviço”, atentando contra sua vida.
Temendo pela própria segurança e pela da família, a vítima buscou apoio de um vigilante da quadra, que também presta apoio ao restaurante, o qual acionou a Polícia Militar e repassou todas as informações. A equipe policial orientou a realização de uma entrega monitorada, com o objetivo de capturar o suspeito.
O autor determinou que o encontro fosse realizado na Estação do Metrô Ceilândia Norte, às 19h30, na saída voltada para a QNN 3, próximo a um ponto de venda de alimentos. Equipes do 8º Batalhão realizaram o cerco, identificaram e abordaram o indivíduo, que foi preso em flagrante.
O homem foi levado à 19ª Delegacia de Polícia, onde foi ouvido sobre o latrocínio tentado, e posteriormente conduzido à 15ª Delegacia de Polícia, onde foi autuado em flagrante por extorsão mediante ameaça.
O suspeito possui extenso histórico criminal, com passagens por seis roubos, um registro de violência doméstica e um processo submetido ao Tribunal do Júri relacionado a um crime de trânsito. Ele foi condenado a 21 anos e 5 meses de prisão, cumpriu mais da metade da pena e progrediu para prisão domiciliar em abril deste ano.
Em depoimento, o homem admitiu participação no crime de domingo, descrevendo detalhes e afirmando que o dinheiro e os celulares subtraídos foram trocados por drogas e consumidos, restando apenas o relógio do cozinheiro, que ele utilizava no braço.
De forma fria e sem demonstrar arrependimento, declarou aos policiais que, caso retornasse às ruas, mataria o cozinheiro.
Toda a conversa entre o autor e a vítima foi gravada e encaminhada à 19ª Delegacia de Polícia, para ser anexada como prova, reforçando a necessidade de manutenção da prisão cautelar.
