A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizou, nesta quarta-feira (26), no auditório do Colégio Militar Tiradentes, a solene cerimônia de outorga da Medalha Cruz de Sangue. Instituída pelo Decreto nº 46.781/2025, a honraria visa reconhecer policiais militares que sofreram lesões em decorrência de agressão injusta, ação meritória ou situações diretamente ligadas ao exercício da atividade policial.
Nesta edição, foram homenageados 11 policiais que sofreram diferentes tipos de lesões durante o serviço, incluindo agressões físicas, acidentes em ocorrência e lesões durante a imobilização de suspeitos. Concedida em três graus — incapacidade temporária, incapacidade permanente e post mortem — a medalha reforça o compromisso da PMDF em valorizar o sacrifício e a dedicação de seus integrantes.
Histórias de Coragem e Dever
A solenidade destacou a bravura e o comprometimento dos militares, cujas ações resultaram em lesões, algumas com consequências trágicas, mas sempre em defesa da sociedade. As narrativas a seguir detalham os atos de heroísmo que levaram ao reconhecimento.
O sacrifício máximo foi representado pelo Soldado Yago Monteiro Fidelis, agraciado post mortem após ser baleado em uma ocorrência no Recanto das Emas. Na mesma ação e foi representado por seu pai. O 1º Sargento Diogo Carneiro dos Santos foi ferido, sofrendo a perfuração da membrana timpânica devido ao trauma acústico do disparo de arma de fogo, um testemunho da violência do confronto.
Outros casos de agressão e resistência exigiram grande esforço físico dos militares. O Subtenente Jucelino de Paula e Silva sofreu uma fratura parcial da fíbula distal do pé esquerdo ao imobilizar um agressor em uma ocorrência de Maria da Penha. De forma semelhante, o 2º Sargento Augusto Cezar Pereira Pedra fraturou o pé direito ao ser atingido por um chute de um cidadão que resistia à prisão em um ponto de bloqueio do DETRAN.
A dedicação em proteger a comunidade também foi evidenciada em ocorrências de risco. O Soldado Jéssica Lorrayne Mares da Silva foi atingida por um disparo de arma de fogo no braço direito, efetuado por um agressor que conseguiu acessar a arma de um dos policiais durante uma luta corporal. Já o 2º Sargento Robson Ferreira dos Santos lesionou o antebraço direito ao travar uma luta para desarmar um suspeito que tentou tomar sua arma dentro de um ônibus, agindo para proteger os passageiros.
O 1º Sargento Daniel Matos lesionou o bíceps distal ao cair no chão durante a imobilização de um aluno agressivo que portava uma faca em um colégio, demonstrando a prontidão em proteger o ambiente escolar.
Em acidentes de serviço, o 1º Sargento Edilson Sousa Azevedo sofreu luxação no joelho e fratura na costela após cair de sua motocicleta durante uma perseguição a um veículo suspeito, cujo condutor jogou o carro contra o policial. O Soldado Leonardo Lopes Valentim foi atropelado e prensado contra o portão da APMB por um veículo em fuga, sofrendo escoriações e luxação no ombro e pé esquerdo, em um ato de bravura para impedir a evasão.
Por fim, a exposição a riscos biológicos e agressões diretas também foram reconhecidas. O Soldado Pedro Henrique Costa Bezerra sofreu lesões nas mãos durante a imobilização de um indivíduo soropositivo, necessitando de coquetel profilático. A Soldado Raíssa Cunha foi mordida na mão direita por uma detida que resistia ao algemamento durante o atendimento a uma ocorrência de vias de fato.
Estes 11 casos, em sua diversidade, ressaltam o preço pago pela segurança pública e a dedicação inabalável dos militares da PMDF.
Compromisso e Gratidão
O ato reafirma o compromisso da PMDF em preservar a memória dos policiais que perderam a vida em serviço e em honrar aqueles que se feriram no cumprimento do dever.
A cerimônia simboliza o respeito e a gratidão da Polícia Militar do Distrito Federal aos homens e mulheres que enfrentam riscos diários em prol da segurança da população, reforçando os valores de coragem, honra e compromisso que sustentam a essência da Corporação.
Centro de Comunicação Social da PMDF
PMDF: muito mais que segurança




