Policiais militares do 9º Batalhão prenderam na noite de sexta-feira (12) quatro integrantes de uma quadrilha especializada em golpes na venda de motocicletas. A ação, conduzida pelo Grupo Tático Operacional (Gtop 29), ocorreu em um estabelecimento comercial no Gama, que funcionava como fachada para as operações fraudulentas. Por fora, o local parecia um hortifruti; por dentro, a loja estava praticamente vazia, com apenas duas motos, computadores e alguns elementos artificiais usados para enganar as vítimas.
O golpe era sofisticado e envolvia várias etapas. Os criminosos anunciavam motocicletas, principalmente da marca Honda, a preços abaixo do mercado. Utilizando uniformes com logotipos da Honda e simulando atendimento presencial, eles gravavam vídeos mostrando as motos como se fossem novas, descrevendo detalhes e alegando que haviam acabado de chegar mais unidades. Esses vídeos eram enviados às vítimas, muitas de outros estados, que eram induzidas a pagar um sinal de cerca de R$ 1 mil para garantir a suposta compra. Após o depósito, os golpistas desapareciam ou adiavam a entrega das motos. Quando pressionados, exigiam ainda uma falsa multa por quebra de contrato para devolver o valor pago.
Para dar aparência de legalidade, o grupo também utilizava crachás, notas fiscais falsas e contratos fraudulentos, reforçando a credibilidade do golpe, que era coordenado de maneira organizada e quase profissional. A ação criminosa era, em grande parte, mediada pela internet, com alguns integrantes simulando atendimento ao cliente enquanto outros manipulavam computadores para registrar as transações e criar vídeos de “confirmação” das vendas.
O prejuízo estimado supera R$ 1 milhão, com vítimas em múltiplos estados. Os quatro presos foram encaminhados à 20ª Delegacia, onde as investigações continuam para identificar outros envolvidos e novas vítimas.
Vítimas de golpes similares devem registrar ocorrência na delegacia mais próxima e fornecer detalhes sobre transações suspeitas.
Centro de Comunicação Social da PMDF
PMDF – Muito mais que segurança